O cálcio é considerado um dos macronutrientes de maior importância para o desenvolvimento das culturas agrícolas. Seu papel está relacionado às funções bioquímicas na planta, como participação nas reações de resposta aos estímulos do ambiente e constituinte principal da parede das células, sendo que sem o nutriente não existe expansão celular.
De maneira geral, os solos brasileiros apresentam deficiência de cálcio, contudo o cultivo continuado e a falta de reposição do nutriente pode limitar ainda mais a disponibilidade do nutriente no solo. Somado a isso, sua baixa mobilidade exige que os produtores busquem alternativas para melhorar a absorção pelas plantas.
Por que é preciso entender sobre mobilidade do cálcio?
A compreensão da mobilidade do cálcio – e dos demais nutrientes essenciais – é de grande valia para o produtor, uma vez que ajuda a definir as melhores técnicas e insumos para evitar possíveis excessos e perdas de nutrientes pelos processos de lixiviação, volatilização e adsorção do solo.
Ao entender os conceitos de mobilidade, também é possível diminuir os riscos de salinização do ambiente por meio do melhor manejo e aproveitamento dos fertilizantes, o que contribui para reduzir custos e potencializar os investimentos feitos para melhorar a nutrição do solo.
Compreendendo a mobilidade do cálcio no solo
O cálcio é um nutriente que apresenta baixa mobilidade no solo e na planta, o que dificulta sua disponibilidade para as culturas. Para que o nutriente seja melhor aproveitado, é necessário que o cálcio seja aplicado muito próximo à raiz da planta.
A baixa mobilidade faz com que o nutriente não seja redistribuído com facilidade no vegetal quando há carência no sistema radicular. Quando isso acontece, os sintomas de carência aparecem primeiramente nas folhas e órgãos ou regiões novas da planta.
Calagem: melhor alternativa para disponibilizar cálcio?
A aplicação de calcário – uma das principais fontes de cálcio – por meio de calagem é a técnica mais conhecida para aumentar a presença de cálcio no solo, mas você já se perguntou o que substitui o calcário? Isso porque a conveniência ou não de se aplicar calcário vem sendo questionada há mais de duas décadas.
Em alguns solos, a calagem apresenta baixa eficiência para a correção das deficiências de cálcio. Essa técnica apresenta uma reação lenta que foi comprovada em alguns estudos brasileiros, como Rheinheimer et al. (2000a), Gatiboni et al. (2003). e Castilhos et al. (2000), que mostraram uma resposta da calagem superficial somente até a profundidade de 3 cm após 18 meses da aplicação do calcário.
Oliveira et al. (2003) em estudo de recuperação de uma Brachiaria decumbens por meio da calagem superficial e incorporada também demonstrou a baixa eficácia da técnica. Os resultados mostraram que a calagem não alcançou os valores de saturação por bases testadas de 40, 50 e 80 %, após dois anos, na camada de 0 – 20 cm de profundidade, tendo sido obtido o valor máximo de 58 % na camada de 0 – 5 cm.
Outro estudo revelou que a máxima resposta da calagem superficial ocorreu no terceiro ano e na camada de 0 – 10 cm e que a máxima alteração das características químicas do solo foi obtida a partir de doses de calcário superiores ao dobro da necessidade de calcário, convencionalmente determinada pelo método de saturação por bases para elevá-lo a 70 %, na profundidade de 20 cm.
Pode-se dizer que o calcário é um corretivo de baixa solubilidade. A aplicação em superfície, sem incorporá-lo, reduz ainda mais sua reatividade e dificulta a correção do perfil do solo.
O efeito corretivo do calcário pode atingir camadas abaixo de 10 cm, mas o processo acontece de forma demorada e em pequena escala. Na grande maioria das vezes, o calcário fornece quantidades de cálcio, mas não o suficiente para corrigir o perfil. Em áreas de Plantio Direto, por exemplo, é comum que a fertilidade da camada de 10-20 cm seja bastante inferior à camada de 0 – 10 cm.
É importante lembrar que as orientações de correção sempre devem ser feitas com base nos resultados da análise do solo. A TMF possui um e-book completo sobre o tema.
Super calagem: um problema para a produtividade
Como o calcário age de maneira lenta, alguns produtores podem acreditar que aumentar a quantidade seja uma solução para corrigir o perfil do solo. No entanto, um dos problemas mais recorrentes na fase de aplicação é a super calagem, ou seja, a aplicação do calcário acima dos níveis recomendados.
O problema pode ser ocasionado pela má distribuição, incorporação ou dimensionamento do insumo. Essa condição resulta na mineralização excessiva da matéria orgânica, tornando-a muito mais vulnerável ao processo de lixiviação, aumentando a deficiência de manganês e fazendo com que os íons reajam com o cálcio e voltem a uma forma indisponível para as plantas.
Além disso, quando concentrado em uma determinada área do lavoura, o calcário eleva o pH do solo a níveis muito altos, causando desequilíbrios e podendo ocasionar a redução na disponibilidade dos nutrientes.
Como os fertilizantes TMF podem melhorar a mobilidade do cálcio?
Diante do que vimos, a calagem nem sempre é a melhor alternativa para aumentar a disponibilidade de cálcio no solo. Por isso, é importante buscar alternativas para substituir o calcário e melhorar a mobilidade do nutriente.
A utilização de fertilizantes com maior mobilidade no solo é uma das práticas recomendadas para atingir esse objetivo. Com tecnologia exclusiva, a TMF desenvolve fertilizantes inteligentes à base de Cálcio (Ca) e Silício (Si), visando ação e melhora imediata na fertilidade dos solos.
Nossos fertilizantes fornecem cálcio em alta concentração e maior solubilidade no perfil do solo, com liberação gradual e ação em profundidade. Tudo isso permite oferece uma série de benefícios para a produtividade da lavoura, como:
- Aumento da produtividade;
- Aumento da fertilidade natural;
- Atuação na construção do perfil do solo;
- Plantas mais saudáveis;
- Maior crescimento do sistema radicular;
- Melhor capacidade de absorção de água e nutrientes;
- Anulação do alumínio e manutenção do pH no perfil do solo;
- Resistência a pragas e doenças;
- Melhoria na atividade microbiológica do solo;
- Potencialização dos efeitos dos fertilizantes NPK;
- Fornecimento de cálcio em alta concentração e silício associado.
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