A monocultura e até mesmo os sistemas de sucessão de culturas de trigo e soja ou milho safrinha provocam a degradação química do solo ao longo do tempo. Para evitar esse problema, a rotação de culturas é uma técnica que deve ser adotada por produtores de todo o país, visando a preservação da fertilidade e capacidade produtiva do solo.
Somado a esses fatores, a crescente demanda global por alimentos exige uma nova postura voltada à sustentabilidade. Esse cenário impõe novos desafios à agricultura, sobretudo pela busca de um sistema de produção mais eficiente que reduza impactos ambientais.
A rotação de cultura como aliada da produtividade
Plantar apenas uma cultura comercial pode parecer atrativo no início, mas ao longo dos anos o solo demonstra os malefícios dessa prática: redução da produtividade, aumento da erosão, desequilíbrios ambientais, condições favoráveis para o crescimento de pragas, doenças e ervas daninhas, resistentes ao manejo da propriedade etc.
A rotação de culturas é uma técnica agrícola de conservação que contribui para evitar todos esses problemas, visando diminuir a exaustão do solo e preservar seu potencial produtivo. Trata-se de uma alternância planejada e previamente ordenada do cultivo de diferentes culturas em um determinado período e local.
Essa prática proporciona diversos benefícios econômicos e ambientais. As principais mudanças podem ser observadas na melhoria das características físicas, químicas e biológicas do solo. Vale destacar que cada cultura deixa uma herança biológica no solo, tornando-o mais propício para o cultivo de outras culturas.
Dentre os principais benefícios, podemos citar:
- Quebra no ciclo de pragas e doenças;
- Redução de plantas daninhas;
- Reposição de matéria orgânica;
- Aumento no índice de porosidade;
- Proteção do solo contra agentes climáticos;
- Maior produtividade para culturas posteriores;
- Ciclagem de nutrientes.
Boas práticas para a rotação de culturas
Para alcançar os melhores resultados com a rotação de culturas é preciso observar algumas boas práticas que fazem diferença. Conheça as principais!
Faça a análise do solo
Assim como em qualquer tipo de plantio, a análise do solo é fundamental para que a cultura plantada no sistema de rotação apresente os resultados esperados, tanto economicamente quanto ambientalmente. A análise irá fornecer os dados essenciais para realizar a correção de maneira assertiva.
Caso o solo esteja compactado, a prática de rotação de culturas pode contribuir positivamente para a melhoria física do solo visando um maior desenvolvimento das raízes no solo criando assim galerias que ajudam a descompactar o solo.
Escolha as plantas certas
O planejamento da rotação de culturas deve considerar, preferencialmente, plantas comerciais. É importante, também, associar espécies que produzam grandes quantidades de biomassa e que apresentem rápido desenvolvimento.
Algumas boas opções incluem plantas forrageiras, gramíneas e leguminosas, anuais ou semiperenes. Além disso, prefira plantas fixadoras de nitrogênio, com sistema radicular profundo e abundante, uma vez que auxiliam a promover a reciclagem de nutrientes.
Conheça os fatores ambientais da sua região
A escolha da melhor cultura também deve considerar as particularidades de cada plantas, como a capacidade de adaptação ao clima e ao ambiente. Por isso, conheça os fatores climáticos da sua região e observe se a cultura em questão se adequa a esses fatores.
Utilize técnicas auxiliares
É importante que o produtor utilize técnicas de manejo adequadas para contribuir com o sucesso da rotação de culturas. Dentre essas técnicas, destacam-se o controle de erosão, calagem e adubação, tratamento de sementes, época e densidade de semeadura, cultivares adaptadas, controle de plantas daninhas, pragas e doenças.
Realize o plantio direto
O princípio de uma das técnicas de rotação de culturas é garantir uma cobertura vegetal e resíduos de palhas que possibilitem o plantio direto. Nesse tipo de plantio, a semeadura deve ser feita diretamente sobre a palhada da cultura anterior. Como benefícios, a prática reduz o impacto da chuva, diminui a temperatura do solo, conserva a umidade e auxilia no controle das ervas daninhas.
Plante a sequência de culturas corretamente
Para a rotação de culturas, é fundamental priorizar plantas com diferentes sistemas radiculares, hábitos de crescimento e exigências nutricionais. Essas diferenças ajudam a obter os resultados desejados por essa prática.
A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) aponta algumas culturas que podem ser plantas em sequência:
- Aveia preta – milheto – soja (para produção de palha);
- Aveia – soja – nabo forrageiro – milho (para elevada reciclagem de nutrientes K e N para o milho);
- Rotação soja – soja – milho ou soja (2/3) e milho (1/3) (para controle de doenças na soja);
- Nabo forrageiro – milheto na primavera – soja (boa descompactação superficial do solo, alta produção de palha reciclagem de potássio e controle de invasoras);
- Soja – girassol safrinha – milho (bom para a produtividade do milho e estruturação do solo).
Invista em insumos de qualidade
Mesmo que a rotação de culturas seja uma prática conservacionista e benéfica a todos os solos, é preciso garantir o uso de insumos adequados. Por isso, o uso de fertilizantes e corretivos certos favorecem a obtenção do máximo desempenho, fazendo com que a área seja bem aproveitada.
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