Apesar de todos os avanços tecnológicos na agricultura brasileira, a fertilidade do solo continua sendo um desafio para muitos produtores. Cerca de 50% dos solos da América Latina estão sofrendo algum tipo de degradação e, especificamente no Brasil, estamos enfrentando grandes problemas, como erosão, perda de carbono orgânico e desequilíbrio de nutrientes, segundo dados da Embrapa Solos.
A fertilidade do solo é definida como a capacidade que um solo possui de fornecer nutrientes em quantidades adequadas para o desenvolvimento das plantas. Como solos brasileiros são na sua maioria ácidos e apresentam grande deficiência nutricional, realizar a análise do solo e sua posterior correção são tarefas primordiais para garantir o correto desenvolvimento da lavoura.
Neste artigo, vamos explicar o passo a passo para realizar a análise do solo e como corrigir os problemas de fertilidade. Acompanhe!
A importância da análise do solo
A análise do solo é uma etapa de grande importância para tomar decisões assertivas em relação à fertilidade. Essa técnica também é essencial para evitar gastos desnecessários, uma vez que otimiza o uso de fertilizantes e evita desperdícios.
O principal objetivo é identificar os níveis de nutrientes presentes no solo, visando atingir maior eficiência no processo de calagem e nas técnicas de adubação. Além disso, a análise é importante para identificar elementos tóxicos e contribuir com o cultivo de forma sustentável.
Com o resultado da análise, é possível apontar a necessidade de adubação para a correção do problema, bem como as medidas e recomendações para manter o solo sempre bem nutrido e garantir um alto índice de produtividade.
Como realizar a análise da fertilidade do solo?
Cada solo possui uma capacidade diferente de fornecer nutrientes para as plantas em função de suas características químicas, físicas e biológicas. Assim, a análise de fertilidade do solo deve identificar os diferentes níveis de deficiência nutricional que limitam a obtenção de altas produtividades e comprometem o desempenho econômico do produtor.
Mas afinal, como realizar a análise de fertilidade do solo?
1. Coleta de amostra
Para garantir uma análise precisa e de qualidade, é recomendado coletar cerca de 20 subamostras de uma mesma gleba para composição de uma amostra composta. É importante realizar amostragens de solo coletando no mínimo uma sub amostra na linha e duas amostras na entrelinha para melhor identificar os níveis nutricionais da gleba.
A coleta em locais com erosão, caminhos, formigueiros e qualquer intempérie deve ser evitada. Além disso, o ideal é realizar a coleta de amostra no mesmo período todos os anos para que as análises sejam mais comparáveis ao longo do tempo.
2. Fique atento à profundidade
Vale ressaltar que a análise de fertilidade do solo de culturas perenes deve ser feita com a coleta de amostras de até 60cm de profundidade, e se possível estratificando cada camada (0-20, 20-40 e 40-60cm).
Por muito tempo, os solos foram corrigidos somente nas camadas superficiais, o que nem sempre garante a correção adequada, já que as raízes das plantas estão nas camadas mais abaixo.
A análise em profundidade permite identificar deficiências químicas ou físicas que comprometem o crescimento radicular devido a problemas de absorção de água e nutrientes, envolvendo falta de Ca, Al tóxico e pH ácido.
3. Escolha um laboratório de confiança
Devido ao alto risco de variabilidade, uma medição manual nunca deve substituir a análise profissional realizada em laboratório. Nesta etapa, é importante selecionar laboratórios que utilizam métodos rigorosos e padronizados para garantir uma análise precisa e confiável.
Lembre-se que é um investimento necessário que poderá fazer toda a diferença na produtividade de sua colheita. Além disso é importante uma correta identificação da amostra para que os possa ter os dados corretos de cada gleba.
A análise de resultados
Com os resultados em mãos, é hora de analisar as características do solo que irão determinar o que precisa ser corrigido. A amostragem permite identificar o status nutricional de toda uma cultura, fornecendo informações como:
- Saturação de Bases
- Equilíbrio de Ca, Mg e K
- Níveis de pH;
- Matéria orgânica;
- Capacidade de troca catiônica CTC);
- Fósforo;
- Enxofre.
A soma dos elementos Ca, Mg e K é o que determina a soma de bases. Para entendermos melhor a participação de cada um deles na CTC do solo, é preciso realizar o seguinte cálculo:
Ca
Cmol de Ca / CTCpH7 x 100 = % de Ca na CTC
Mg
Cmol de Mg / CTCpH7 x 100 = % de Mg na CTC
K
Cmol de K / CTCpH7 x 100 = % de K na CT
Os resultados permitem entender qual a participação de cada nutriente na CTC do solo, ou seja, a caixa de fertilidade que cada solo tem. Os níveis ideais para cada nutriente são: Ca 50-60%, Mg 14-18% e K 3-5%).
Também é necessário conhecer a saturação de bases do solo, já que trata-se de um critério fundamental para identificarmos os níveis de fertilidade. É ela que determina a quantidade de bases trocáveis presentes em um solo, sendo formada pela soma em porcentagem da participação das bases trocáveis do solo (Ca, Mg, K e Na).
Para melhor conhecimento do tema, confira nosso e-book sobre análise do solo.
Como corrigir a deficiência nutricional do solo?
Conhecer os problemas de fertilidade do solo é o passo inicial para outra tarefa extremamente importante para o sucesso da lavoura: a correção da acidez e deficiência nutricional.
Como forma de otimizar a produtividade, um bom começo está na escolha dos fertilizantes a serem utilizados, que devem ser aplicados com base nos resultados da análise do solo. O processo de melhoria da fertilidade deve ser a etapa inicial da correção do solo.
Este processo visa eliminar a acidez, elevar o pH do solo entre 5,5 e 6,5 e fornecer cálcio e magnésio para as plantas, além de neutralizar o alumínio, um elemento muito comum nos solos brasileiros e que é altamente prejudicial para o desenvolvimento da lavoura.
Vale lembrar que é preciso corrigir os problemas de fertilidade com total precisão, já que a produção das culturas pode ficar comprometida se houver um nutriente em menor disponibilidade no solo, mesmo que todos os outros estejam disponíveis e em quantidade adequada. É a chamada “Lei do Mínimo”.
Nesta etapa, é sempre recomendado contar com a ajuda de um engenheiro agrônomo habilitado para orientar sobre os melhores fertilizantes a serem utilizados. Ainda neste processo de correção de nutrientes é necessário a utilização de fontes recomendadas conforme a necessidade de cada tipo de solo (N, P, K, S, B, Zn, etc.) e assim construir a fertilidade do solo.
Atingir o equilíbrio nutricional é um objetivo de extrema importância para que o solo forneça as condições ideais para o desenvolvimento da lavoura. Apesar de a falta de nutrientes ser um grave problema, o excesso também pode ser prejudicial para o equilíbrio, como podemos observar na tabela abaixo.
É preciso, ainda, se atentar para o fornecimento de nutrientes em todas as etapas do ciclo produtivo das plantas. As culturas possuem necessidades nutricionais e hormonais diferentes em suas diferentes fases.
Portanto, a correção das deficiências de nutrientes do solo também deve visar a disponibilidade dos mesmos de maneira adequada para a planta. Sem isso, as culturas podem ter seu desenvolvimento comprometido, resultando em lavouras pouco saudáveis e com baixa produtividade.
Para deixar mais claro, a tabela abaixo ilustra as necessidades nutricionais em determinadas fases da planta e como eles se associam ao equilíbrio hormonal.
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Apesar de os fertilizantes NPK serem amplamente empregados na agricultura brasileira, existem fertilizantes com tecnologia avançada que permitem otimizar a fertilidade do solo e promover melhor disponibilidade de nutrientes para garantir uma produtividade elevada.
A TMF fertilizantes disponibiliza de tecnologia exclusiva para melhoria da fertilidade dos solos e aumento da produtividade pelas culturas pois atua diretamente no equilíbrio químico das bases dos solos, melhorando pH neutralizando alumínio e levando Ca nas camadas mais profundas para garantir melhor desenvolvimento do sistema radicular.
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