A cultura do café representa uma enorme importância para o agronegócio brasileiro e está à frente das grandes exportações do país. Há mais de 150 anos, o Brasil é o maior produtor e exportador de café, e o segundo maior consumidor, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Em Minas Gerais, o café é o principal produto da pauta de exportações do agronegócio, além de apresentar uma qualidade bastante elevada do produto final.
Assim como outras culturas, a plantação de café exige planejamento prévio e conhecimento de suas técnicas de manejo para garantir produtividade elevada aliada à qualidade dos grãos. Neste artigo, vamos apresentar as principais recomendações para o plantio de café e abordar a importância de investir em soluções inovadoras para sua plantação. Acompanhe!
Escolha da área para plantação de café
Em primeiro lugar, é preciso entender que o planejamento para o cultivo do café deve ser muito bem realizado a fim de evitar qualquer tipo de prejuízo. Erros na escolha da área, no espaçamento e demais técnicas de cultivo iniciais só poderão ser corrigidos na renovação do cafezal, uma vez que as falhas cometidas refletirão por toda a vida útil da cultura.
A escolha da área é o primeiro fator a ser considerado antes de realizar a plantação de café. Isso porque a planta pode não se desenvolver de maneira satisfatória se o cultivo for feito em áreas que não favoreçam o seu completo desenvolvimento. Existem plantações de café realizadas em cultivos de “montanha” e áreas planas, esta última mais facilitada por práticas mecanizadas, já café de montanha a mecanização fica mais limitada bem como manejo também é diferenciado.
Temperatura
A plantação de café deve seguir algumas exigências climáticas para que a cultura possa se desenvolver de maneira saudável. A temperatura ideal de cultivo varia de 18ºC a 23ºC, sendo que seu desenvolvimento pode ser muito prejudicado em temperaturas acima de 30ºC e menores que 15ºC.
Precipitação
Para permitir a exploração comercial, o regime de chuvas considerado ideal está na faixa de 1200 mm a 1500 mm anuais. É importante que a precipitação atinja, sobretudo, os períodos de desenvolvimento vegetativo e de frutificação.
Altitude
O café é uma planta que apresenta maior dificuldade para se desenvolver em regiões no mesmo nível do mar, sendo que a recomendação é que a plantação ocorra em áreas entre 600 m e 1200 m de altitude.
Umidade
Tanto a umidade alta quanto baixa podem ser prejudiciais para o desenvolvimento do café. A alta umidade favorece a incidência de pragas, doenças e fermentações indesejáveis. Já a baixa umidade favorece o aparecimento de algumas pragas e prejudica o desenvolvimento da planta.
Topografia
Embora cerca de 40% da plantação de café no Brasil ser realizada em áreas montanhosas, é recomendado que o plantio seja feito em regiões mais planas. Assim, é possível facilitar a mecanização, o controle de erosão e a proteção do solo, além de reduzir gastos com mão de obra.
A importância da análise do solo em profundidade
A grande maioria das recomendações de correção e adubação do café orientam realizar a análise do solo entre 0 e 20 cm de profundidade, e em alguns casos de 20 a 40 cm. Contudo, é preciso levar em conta que o café é uma planta perene, ou seja, passa por todas as estações do ano, sofrendo com variações climáticas anuais e interanuais.
Com as condições ideais de solo, a planta consegue aprofundar seu sistema radicular e explorar maior volume de solo em profundidade. Assim, é recomendado realizar a análise do solo pelo menos até a camada entre 40 e 60 cm, a fim de corrigir os problemas de fertilidade com maior eficácia e permitir a exploração do solo em maior profundidade.
Em relação às características do solo, este deve apresentar profundidade mínima de 1 metro e, de preferência, não ser pedregoso ou excessivamente arenoso, além de ser recomendado que apresente boa drenagem.
Preparo do solo
O preparo do solo é um dos pilares fundamentais no cultivo de café de alta qualidade. Ele estabelece as bases para o desenvolvimento saudável das plantas e, consequentemente, para a produção de grãos excepcionais.
O café é sensível ao excesso de água, que pode levar ao apodrecimento das raízes e à proliferação de doenças. Portanto, o preparo do solo deve incluir a melhoria da drenagem, permitindo que o excesso de água seja escoado adequadamente. Isso é frequentemente alcançado por meio da criação de sulcos ou sistemas de drenagem adequados.
O pH do solo é outro fator crítico, pois afeta a disponibilidade de nutrientes para as plantas. O café prospera em solos, com um pH ideal entre 6 e 6,5. Caso o solo seja muito ácido ou alcalino, a correção do pH é necessária para proporcionar às plantas um ambiente adequado para o crescimento.
Nutrição adequada
A nutrição adequada das plantas de café é essencial para o cultivo de grãos de alta qualidade e para a maximização da produtividade. Os nutrientes, como nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio e boro, desempenham papéis específicos e interconectados no desenvolvimento das plantas e na formação dos grãos.
Portanto, é fundamental que os produtores de café entendam as necessidades nutricionais de suas culturas e adotem práticas de manejo que garantam um suprimento equilibrado de nutrientes
Espaçamento
O espaçamento entre as mudas de café está diretamente ligado à produtividade e longevidade da lavoura. A distância correta entre as plantas e as linhas permite reduzir custos com insumos e garantir maior qualidade do produto no momento da colheita.
As técnicas de espaçamento variaram muito ao longo dos anos. Estudos mais recentes permitiram o desenvolvimento de dois modelos que são os mais utilizados atualmente: 1,75–2,00 m x 0,5 m para renque fechado (plantio adensado) e 3,5–4,0 m x 0,5 para renque aberto (largo na rua e fechado na linha, adotada em lavouras mecanizadas).
Além disso, a evolução tecnológica permitiu criar um padrão intermediário por meio de máquinas que podem proporcionar o melhor aproveitamento do espaço. Essa nova técnica é chamada de plantio semiadensado, com espaçamento de 2,5–3,2 m x 0,5 m. A técnica exige maior frequência nas podas, mas por outro lado garante uma alta produtividade que varia de 6.300 a 8.000 plantas por hectare.
Irrigação
A irrigação aliada às demais técnicas que propiciam o correto desenvolvimento do café é capaz de aumentar significativamente a produtividade da plantação. Após a florada, a falta de água pode causar o abortamento das flores e prejudicar o enchimento dos grãos na época de granação, além de prejudicar as gemas florais para a próxima produção. Por isso, é preciso ficar atento ao fornecimento de água para a plantação.
A irrigação por gotejamento tem demonstrado ser a melhor técnica para as plantações de café, uma vez que evita a alta umidade relativa, bem como permite maior racionalização no uso de água e energia.
Fertilizantes: importantes aliados para a plantação de café
Assim como para as demais culturas, a aplicação de fertilizantes especiais é fundamental para garantir o correto desenvolvimento da plantação de café e propiciar alta produtividade no momento da colheita. O correto uso dos fertilizantes trazem importantes benefícios para a planta, dentre eles:
- Desenvolvimento de flores e frutos sadios;
- Aumento ou manutenção da produtividade;
- Crescimento mais vigoroso da planta;
- Melhora na qualidade da bebida do café.
Nesse sentido, a busca por soluções inovadoras para o cultivo de café se faz necessária para otimizar a colheita e permitir que o produtor tenha mais competitividade no mercado e possa aumentar sua lucratividade.
A TMF possui em seu portfólio de produtos fertilizantes especiais que possuem a capacidade de combinar, em um único grânulo, nutrientes essenciais ao cultivo do café – Cálcio, Silício, Magnésio, Enxofre, Boro e Ácidos Orgânicos.
Assim os fertilizantes da TMF atuam na recuperação e construção do perfil de solo, dando condições para o aumento da produtividade e com ótima relação custo-benefício, alem de fornecer a nutrição ideal para as plantas, melhorando a fertilidade do solo e otimizando a nutrição para o cafezal. Além disso, a combinação entre Cálcio e Boro proporcionam maior capacidade no pegamento da florada, gerando plantas vigorosas e saudáveis, homogeneidade e incremento nutricional da lavoura.
Isso faz com que se reduza as entradas de aplicações no cafezal, otimize tempo e mão de obra e diminua a emissão de CO2, atuando de forma mais efetiva na fertilidade do solo.
Dentro do portfólio TMF possuímos o TMF Force Café, um fertilizante em especial totalmente adequado para suprir os macro secundários (neste caso o Cálcio, que é altamente exigido para o enchimento dos frutos, além de estar relacionado ao desenvolvimento das raízes, ao fortalecimento da estrutura das plantas e ao aumento de produtividade; e o Magnésio, diretamente relacionado à produtividade) e o micro (Boro, muito importante para melhorar o pegamento dos frutos e melhorar o potencial produtivo), facilitando sua aplicação por estar no grânulo em pequenas quantidades.
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